Capitulo 5 - Anonymous
" Agora,
Eu acredito que;
As coisas podem sempre piorar"
Não há nada melhor do que um belo banho de água quente depois da gelada que levei ficando vinte minutos parada no meio da rua, em um dia chuvoso como este. Coloquei uma roupa basica: Regata preta, uma legue azul que deixavam minhas pernas quentinhas, e minha crocs amarela. Desci e peguei uma latinha de Fanta Uva e uma caixa de chocolates,subi para meu quarto. Quando ia abrir a porta, alguem me chamava, era minha mãe:
- Sophia, - ela dizia - Chegou cedo.... - sua voz estava triste, e sua expressão mais ainda. Alguma coisa havia acontecido, e eu ia saber o que era
- Mãe, o que foi? - tentei parecer calma, mas não estava nem um pouco. Sabe, minha mãe costuma ser bem obvia, e com certeza havia acontecido alguma coisa e ela não gostaria de me dizer o que era. Insisti, mas o silencio estava profundo. Somente neste instante percebera o telefone que estava em suas mãos.
- Me ligaram do hospital - Me dizia de cabeça baixa - Seu pai sofreu um acidente de carro e está em estado grave - Não era atoa que ela não gostaria de me dar esta noticia. Logo larguei tudo no chão,e também me larguei, não sei se desmaiei, mas não lembro de mais nada.
Acordo e logo estou no hospital também, estava em uma maca. Tudo branco a minha volta, estava quase ficando cega, mas em minha visão embaçada, havia uma garota com cabelos morenos enrolados nas pontas, sua roupa era apenas um ponto verde embaçado. Era Melanie. Não sabia o que ela estava fazendo aqui. Normalmente era nossa mãe que ficava nos observando. Mas não era ela
- Fiquei preocupada - dizia com sua voz , nunca havia percebido como ela era bonitinha
- E a escola? - deu um sorriso fraco
- Eu falei para o diretor que você passou mal - disse se aproximando da maca - , e a aula já acabou, então vim te ver - era bonita a preocupação de Mel comigo ultimamente, pois ela nunca se importava comigo antes, por ela eu poderia morrer mais ela não ligava. Agora, eu vomito e ela me ajuda, se preocupa
- Soube sobre o...
- Infelizmente - disse e se sentou no sofá. Silencio e mais nada, somente o " pi..pi..pi" da maquina que checava meu coração. Observei e percebi que ele estava agitado . Não sabia por que - Chegou um SMS para você , resolvi não ler - Me entregou o celular, e lá estava mais uma ameaça:
"Chocada? Meu bem, é só o começo da tortura..."
Será que está pessoa havia se disfarçado e entrado no hospital como um assistente de médico? E resolveu matar meu pai? Sim, pois gritos vinham do corredor, e uma pessoa entrava no meu " quarto "
- Melanie Fronckowiak? - Mel assentiu - Seu pai foi transferido para a UTI, mas não sabemos se adianta, ele está muito ferido, ainda mais porque tomou o remédio errado
Não iria adiantar continuar viva, e perder meu pai.Ele é uma das pessoas mais importantes da minha vida. Uma lágrima estava se escorrendo pelo meu rosto. Mel ainda estava de pé, sem nenhuma lágrima, nadinha. Mas uma coisa eu aposto: era somente um disfarce....
CONTINUA..
Capitulo 6 - Anonymous
" O mundo a minha volta,
Está girando;
E eu estou perdida.. "
Fui libertada daquela prisão , mas meu pai ainda não. Fui comer na lanchonete e lá estava, dois pais chorando, pedi um pão de queijo e então, fui até eles. A maquiagem da mulher estava totalmente borrada,o homem tentava a consolar, mas parecia que não funcionava
- Com licença - disse -, sem querer ser intrometida, poderia saber a situação? - A mulher levantou a cabeça e me observou dos pés as cabeças
- Sim - disse bem baixinho - Nossa filha, Juliana Paiva foi internada - Este nome me parecia familiar , e vinha uma imagem a minha cabeça: Uma linda garotinha, de cabelos ruivos, olhos verdes e pele branca, brincando de pular corda . Juliana Paiva, fora uma pessoa importante em minha vida: No dia em que me mudei para aquela casa, ela estava brincando com suas amiguinhas, e então parou a brincadeira para vir me cumprimentar . Era ela - Ela precisa do mesmo tipo de sangue: Sangue A
Este era o meu tipo de sangue. Meu mundo se congelou . Parou . De toda a vizinhança, somente ela tinha nos dado boas vindas, ela gostava de mim . Esqueci de tudo, de meu pai, da Mel, das ameaças... Iria fazer esta doação ou, talvez, deixar a menina falecer aos 8 anos.
- Eu.. - minha voz estava tremula - Meu tipo de sangue é do tipo A - respondi. A mulher se levantou da cadeira, parecendo que recuperou as esperanças. Um sorriso saiu de seu rosto. Sim, eu iria doar meu sangue. Mesmo sabendo de que eu poderia morrer nesta cirurgia por esta pessoa que me ameaça, e falando nela, ai estava:
" Ótimo sua besta! Agora, você irá morrer! "
Pareceu que uma lágrima escorreu pelo meu rosto. Mais estava decidido. Alias, esses dias atras, estava querendo morrer pelas ameaças deste anonimo , e ai estava a minha chance. Meu pão de queijo estava pronto, fui pegar e me sentei com o casal
- Tem certeza de que ira fazer isto? - perguntou-me o homem. Assenti
- Meu pai também está internado - respondi - , e se ele for, eu também vou
- Mas você não ira morrer, - ele dizia - se tudo ocorrer bem - abaixei a cabeça. Minha esperança era de que isto não acontecesse, mas , penso também pelo sofrimento de Mel e minha mãe. Mas estava decidido
Iria doar meu sangue, para Juliana Paiva
CONTINUA...
Capitulo 7 - Anonymous
" O modo que
Você me toca,
Faz com que eu me sinta melhor.. "
- Ainda tem como você voltar atrás minha querida! - dizia a moça, enquanto eu estava novamente presa por fios
- Eu vou fazer isto - respondi.Tentando parecer confiante
Eu podia somente tomar água, e mais nada. Se não, o sangue poderia se modificar. O branco , voltava a me incomodar. Eu tinha mesmo certeza do que estava fazendo? Somente por uma menina de oito anos? Mas então, algo me tira dos meus pensamentos pegando minha mão. Era Chay. Sem dizer nada ficava ali , parado me observando. E eu, como uma tonta, abri um sorriso fraco
- Não quero te perder... - dizia ele, com a voz baixa e fraca . Seus olhos estavam tristes
- Mas eu quero me perder - Disse - Sabe Chay, nada ultimamente vai bem pra mim. Nunca disse isto para você, mas se pegar meu celular, vai ver que estou sendo ameaçada. E se, eu morrer, vou estar livre disso, me entende? - Fez sinal negativo com a cabeça
Silencio .
Ele não dizia nada, e eu também não. Estávamos nos olhando fixamente. Ele foi se aproximando, e então me deu um beijo. Um beijo calmo, diferenciado dos que nós nos damos. E então, se afastou
- Boa sorte - disse para mim e me deu um beijo em minha testa. Se retirou
Aquele ambiente era silencioso , havia mais uma maca do meu lado . Uma cabeceira para cada uma, um armário de remédios, vacinas e etc. Até de que, um som vinha da minha cabeceira, um sms
" Que tal uma surpresa? "
Acho que, se está surpresa for boa, quem sabe. Estava chovendo novamente, ouvi os pingos de chuva tocarem o chão. Era um momento calmo, não tinha nada a fazer, somente ficar parada. Mas, então a porta se abre. Era está a tal surpresa? Sorri . Boba
- Nunca iria fazer isto por um vizinho de oito anos - Lá estava ele, com um tênis AllStar , calça colada, uma blusa solta, mas com um colete jeans - Você é muito idiota de estar fazendo isto - Eu sabia que era idiotice, mas o que o mundo seria sem os idiotas? Ok, está foi péssima
Não disse nada, só fiquei o observando, ali , sorrindo que nem uma burra, sendo que eu era uma idiota. Ele tinha vindo me ver. E eu, pensei que era apenas um " nada demais " para ele.
- Pensei que eu fosse... - fiz uma pausa - Um " nada demais" para você
Riu.
- Você senhorita - Ele dizia se aproximando de minha maca - Nunca vai ser um apenas " nada demais " . Observe onde está, e o que irá fazer
Sim. Eu não era um simples " nada demais " . Ele, Micael Borges, fez eu me tocar disso
- Mas eu não vo... - fui interrompida, por um beijo , um beijo!
- A enfermeira mandou você descansar - ele dizia -, faça isto
Fechei os olhos, e me toquei , de que só iria começar a sonhar agora
Eu não era um simples " nada demais "
CONTINUA...
Capitulo 8 - Anonymous
" Acordo,
Em um sonho
Perfeito "
Acordei.
Mas não estava no mundo real. Havia uma placa escrito: " Entre e aproveite o Paraíso! "
Não sabia o que era, mas entrei . Lá era perfeito: Havia arvores de dinheiro, de doces, e o mar da praia de lá não era poluído, nem a areia. Havia algumas casas no centro de tudo, onde ficavam carros, parecia uma cidade normal, mas era úmido o cheiro , pois havia bastante arvores. Respeitavam os pedestres e na praça central, tinha uma fonte de chocolate , todas as crianças bebiam, brincavam, eram felizes. Até que me perguntei: Onde eu estava? Ai, na placa estava escrito Paraíso, só pode ser mas, por que eu estava aqui? Então, avisto uma coisa além, meu pai, e uma menininha pequena brincando de esconde-esconde. Me aproximei, e eles estava lá, rindo.
- Pai? - perguntei . O senhor se levantou, e me deu um abraço forte
- Minha filha - fez então uma cara confusa - O que faz aqui?
- Também me pergunto isso - disse - Mas, acho que eu morri
Ele sorriu. Será que teria ficado feliz por mim ter morrido e estar ali com ele agora? Até que, olho melhor para a garotinha, era Juliana Paiva, a menina que eu iria doar sangue mas, por que ela estava ali?
- Não minha filha - meu pai me dizia - , aqui é apenas um descanso do mundo - não sabia se aquilo era bom mas então, ele chamou Juli, e ela foi lá
- Oi! - ela abriu um belo sorriso. Sua boa estava toda suja de chocolate da fonte
Depois, meu pai, eu e Juliana fomos a praia, o incrível era que, minha casa já estava como sempre sonhei, e minhas coisas já estavam todas lá. Me arrumei, e desci para encontra-los na praia . Como ninguem ia roubar nossas coisas, fomos todos no mar. Meu pai me explicou que lá era impossivel alguem se afogar ou se perder, era realmente o paraiso . Sai nadando, sem preocupaçoes. Logo depois sai, e os avisei que ia voltar para casa. Cheguei, me joguei na cama e, fiquei imaginando: Como eu volto? Mesmo sem querer voltar . Não me lembro de adormecer, mas lembro de acordar novamente naquele quarto branco de hospital
- Ela reagiu doutor! - dizia a enfermeira - Bem Sophia, vamos?
- Aonde? - perguntei
- Sair deste quarto - ela disse
Me levantei, me espreguicei.
- Mais já? - perguntei surpresa - Nem doei sangue! - a enfermeira riu
- Faz mais de um dia que você esta dormindo! - ela sorriu - Já fizemos tudo!
Sorri. Aposto que o resultado tinha sido otimo e, quando sai , Juli pulou no meu colo, com um grande sorriso no rosto
- Muito obrigada! - ela falou com sua voz meiga
- De nada! - disse
E então, fomos até a recepção mas, minha familia não estava lá, e sim , Chay, parado me encarando com Mica sentado em uma cadeira;
- Temos que conversar! - ele disse
- Não - respondi - Não temos nada para conversar! - Mica se levanta, e faz uma expressão confusa. Vou até ele, pego em sua mão e digo: - Vamos meu amor?
CONTINUA...
Capitulo 9 - Anonymous
" Passado é passado,
Presente é presente;
E o futuro
Está em suas mãos "
- Não acredito - dizia Micael ao volante abrindo a janela do carro -, porque você nunca falou para ninguém? - dei um suspiro
- É diferente - eu dizia - , não me sentia confiavel , ainda mais...
- Ainda mais pelo seu pai no hospital - assenti, e ele me olhou, mas depois voltou o olhar para a estrada
- Eu tive um sonho - dizia - Que eu estava em um tal de " Paradise " sabe? - Micael deu uma risada abafada
- Você sonhou com o paraiso? - disse - Você deveria estar bem fraca.
Ele parou. Observei e vi que estavamos na minha casa. Olhei para ele, e ele fez o mesmo
- Quer entrar? - perguntei - , faço um café e tem pão - ele assentiu, e então saimos do carro. Entramos, e não havia ninguém, apenas um bilhete :
" Filha, estarei no hospital por dois dias, Mel está viajando e volta no mesmo dia que eu.
Me liga, Mãe "
- Bem, - disse - pelo visto vou estar sozinha por dois dias - Mica observava a casa, não entendia a indignação
- Nossa - ele disse -, você é rica! - e se sentou no sofá
- O que você quer dizer? - perguntei a ele me sentando também no sofá, ao seu lado
- Não, nada , esquece - Assenti e fui para a cozinha fazer nosso café...
(...)
Uma meia hora depois, estava pronto e eu e Mica estavamos comendo. Não evitei, e perguntei:
- Por que a indignação ? - ele deu um suspiro e olhou para mim
- Eu falei para você .. - o interrompi
- Acontece que eu esqueço o que eu quero esquecer .
Ele me olhou, pensei que fosse se levantar e ir embora. Mas se concentrou e começou a falar:
- Eu não sou rico - arregalei os olhos -, meu pai é caminhoneiro e, não tenho mãe. Eu me sustento, entrando em competições de skatistas porque...
- Não quer prejudicar seu pai. - Terminei a frase
Ele suspirou. Entendia agora porque não gostava de falar de si mesmo. Então, abri um sorriso e disse:
- Vem comigo. - me levantei, e fui em direção ao meu quarto. Ele me seguiu
- O que foi? - disse quando estavamos lá dentro
- Quero ajudar meu namorado e o pai dele - disse - Não posso? - ele sorriu
- Essa história de namoro foi sua
- Por isso to cuidando dela - peguei uma caixinha com uns 600 ou 700 reais, e ele me olhou estranho quando a entreguei em suas mãos
- Suas economias? - tirei o sorriso e me sentei na cama
- Eu ia usar para ir para a California - disse - Mais isso é mais importante - ele fez uma negação com a cabeça, e me devolveu
- Não.
- Porque?
- Porque vai ter um concurso de skate depois de amanha, valendo R$900,00 - Coloquei o sorriso de volta no rosto
- Então - eu disse - ,você vai ganhar! - e o dei um beijo, ele retribuiu
CONTINUA.....

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